.  Durante mais de quarenta anos fomos a única colectividade existente no conselho.
  A música era então não um mero produto de animação de reuniões públicas, mas algo que se vivia intensamente, quer da parte dos que a  praticavam quer do público que ouvia e apreciava.
  Os concertos, os desfiles, as quermesses na Avenida do Rossio atraíam um povo interessado que não encontrava apenas pretexto para conviver em público, mas para se deliciar com o repertório seleccionado.
  A Sociedade Real Lusitana cumpriu assim nessa segunda metade do século XIX um programa cultural e de divertimento da comunidade local que respondia pelos gostos e prazer do momento que se vivia.
  Saíramos de largos períodos de luta, com a casa ocupada por estrangeiros, com a família dividida. Sentia-se uma necessidade profunda de regresso à paz, à tranquilidade, à aproximação das pessoas.
  Proporcionavam-se encontros campestres nas quintas dos arredores que eram pretexto para se ouvir boa música e regresso necessário a momentos despreocupados e livres da vida da comunidade.
  Marcaram todo o seu programa ao longo de tão extenso percurso, um sem número de cerimónias públicas, civis e religiosas, ligadas não só à  vida e tradição local como às grandes datas do calendário nacional.
  Após a implantação da República todo esse programa cívico se acentuou com mais ênfase e solenidade.
  Animámos centenas de Festas dos arredores de Estremoz e de outros Concelhos do termo, actuámos noutras regiões do País e Estrangeiro. Ainda há pouco nos deslocamos à cidade Espanhola de ZAFRA.
  Formou a Filarmónica centenas de jovens músicos que as Bandas Militares vieram a aproveitar e onde muitos deles fizeram carreira brilhante, indo dirigir agrupamentos congéneres ao nosso.

Filarmónica Lusitana de Estremoz | Breve Historial 1 | Breve Historial 2 | Breve Historial 3 | Breve Historial 4 | Animação 1 | Animação 2 | Diploma e Medalha de Mérito

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